Francisco José de Torres,
nasceu em 1838, filho de José Feliciano de Torres (1810 / 1904) e Joana
Francisca da Conceição (1815); era casado com Leonor Paulina dos Santos (1847),
que era filha do português Pedro Alcântara – apelidado de “Marinheiro”, que era,
construtor de igrejas – com Dona Teodoza, uma das filhas de Joaquim Amorim descende
de uma das mais antigas famílias do Pajeú, os Amorim, descendentes dos índios
ou mamelucos da Serra do Jabitacá, proprietário da fazenda Volta; Dona Teodoza
era cunhada do Inglês Richard Breitt, .
O fato é que o Coronel
Francisco José de Torres, não só nas versões familiares, mas na própria
historiografia local, com em Nunes Filho (1997) é tido como um visionário, foi
responsável por instalar o primeiro maquinário de processar algodão movido a
vapor em Alagoa do Monteiro, nos primeiros anos do século XX, mas já negociava
com algodão e possuía bolandeiras movidas à tração animal desde antes da década
de 1870. É tido também, como um dos precursores da administração pública da
Vila de Alagoa do Monteiro, por ter sido o segundo prefeito que a cidade teve.
Se Alguns de seus descendentes
dizem que Francisco José Torres era oriundo da cidade do Cabo e que de lá veio,
para o Cariri, por causa de uma desavença que teve com dois irmãos. Não sabem
informar com precisão sobre sua origem social, a que grupo social ou
profissional fazia parte, mas acreditam que ele chegou ao Cariri, “no lombo de
burro” porque já tinha experiência de comércio; na minha pesquisa chego a outra
conclusão tendo em vista relatos da certidão de óbito do seu Pai, Francisco
Feliciano de Torres que em certa passagem diz a certidão “que no dia 28 de
janeiro de 1904, às sete horas da noite, faleceu de reumatismo, José Feliciano
de Torres, de 91 anos de idade, viúvo que foi de Joana Francisca da Conceição, agricultor,
natural da Cidade de Caruaru, Pernambuco, e residente nesta vila, filho
legítimo de José Feliciano da Silva e Maria da Conceição Silva, natural também
de Caruaru, deixando dois filhos legítimos, Francisco José de Torres, com 66
anos de idade, natural e morador desta vila e José de Torres, com 64 anos de
idade, natural e morador desta vila e foi sepultado no cemitério público desta
vila (alagoa do Monteiro) “. Portando
conforme a certidão de óbito (em anexo), O Coronel Francisco José de Torres,
nasceu e residiu na vila Alagoa do Monteiro, os seus Pais e Avós é que vieram
de Caruaru-PE.
São filhos do casal Francisco
José de Torres e Dona Leonor:
Antonia Francisca de Torres
(minha bisavó, casada com o cel. Manoel Raphael)
1866–1949
Guilhermina de Torres
1868–
Tereza de Torres
1869–
Francisca Torres
1871–
Francisco de Alcântara Torres
1872–1941
Francisco Torres
1872
Pedro Torres
1874
Eusebia Torres
1876–
Odocia De Torres
1877–Falecido(a)
Leopoldina Pereira Lafayette
Torres
1883–1947
Antônia Rafael de Torres
Fazendas:
À fazenda Carnaíba, ( foi
de João da Luz, segundo seu inventário e partilha procedida em 1883, não teve
filhos e deixou suas mais de 10 propriedades para seus sobrinhos de sobrenome Alves
dos Passos)
próxima à Jabitacá - PE, que foi comprada
por Francisco José de Torres, vindo da Paraíba e casado com uma neta ( Leonor) de
Joaquim Amorim. Também encontrei dados que a Fazenda Jatobá município de
Sertânia pertenceu a ele, além do sítio hoje rua da Várzea e parte do Engenho Velho em Monteiro.